Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovaram, no início da noite desta terça-feira (6), o relatório do Projeto de Lei da Câmara (PLC 38/2017) – que altera a legislação trabalhista no país. Foram 14 votos favoráveis e 11 contrários.
O relatório da proposta foi aprovado por 14 votos a 11. (Foto: Alessandro Dantas)O relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), não alterou nenhum ponto do texto e o manteve do jeito que foi aprovado na Câmara dos Deputados. Ele fez, no entanto, recomendações de trechos a serem vetados ao Executivo.
Nenhum senador governista, que votou favoravelmente ao projeto, fez uma defesa contundente do texto, o que chamou a atenção do senador Paulo Paim (PT-RJ).
“Estamos aqui desde as dez e meia e não vi nenhum senador defender essa proposta. Mesmo nas audiências públicas, não vi nenhum. O próprio relator é contra a reforma. Em sã consciência ninguém pode defender isso. Não sei o que tem por detrás. Se todo mundo é contra, como podemos aprovar? Quero entender”, criticou o senador Paulo Paim (PT-RS), autor de voto em separado que solicitava a rejeição do projeto na íntegra.
De acordo com especialistas, o projeto da reforma trabalhista representa praticamente um “desmonte” da CLT e dos direitos trabalhistas conquistados.
“Em toda minha vida parlamentar nunca votei um projeto tão trágico para os trabalhadores e para os brasileiros como esse. Está caindo a máscara do Parlamento. Não é o interesse público que prevalece. É o interesse empresarial esmagando os trabalhadores”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) informou que o texto, antes de seguir para votação no Plenário, tramitará ainda nas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e Constituição e Justiça (CCJ).
Fonte: Revista Fórum